Recomeços e outras surpresas

Caros leitores, um recomeço nunca é fácil, principalmente porque inconscientemente nós temos preguiça deles. E porque temos tanta preguiça? Ah, essa resposta tem várias facetas, mas vamos lá...

A primeira faceta pode parecer meio óbvia, mas é a que mais nos incomoda e nos impede de praticar o recomeço, que é a chamada zona de conforto, ah e como é boa essa tal de zona. Mas será que é boa mesmo? Não sei não, ela nos deixa pensar que estamos felizes, quando não estamos, ela faz a gente achar que ama, quando na verdade estamos carentes pra caralho (desculpa o palavrão, mas foi preciso para dar maior ênfase) e principalmente ela nos faz conformar com algo que não queremos, mas está ali e só de não causar nenhum problema ou dúvida a nós já ficamos muito satisfeitos, porém não se iludam, quando a bolha da zona de conforto explode, nos vemos perdidos, e aí só o bom e velho recomeço para nos salvar.

O segundo motivo pelo qual não gostamos de recomeços é que infelizmente temos a mania de achar que estamos velhos demais para isso ou para aquilo, ou que ‘já passou o meu tempo’, entretanto, aqui vai à boa notícia, NUNCA é tarde para fazermos nada, sempre há um amanhã novo e fresco para colocarmos em prática novas ideias, novos planos, enfim novas oportunidades.

A terceira e última faceta é o medo interior que carregamos de ter errado nas escolhas que fizemos, pois para nós é lógico que se há necessidade de um recomeço é porque algum erro foi cometido, ora devemos perder esse medo de errar, pois na verdade o que nos impulsiona para frente na vida não são os acertos, e sim os erros, pois eles que permitem que nós façamos maiores reflexões e eles que trazem a maior carga de experiências.

Portanto recomece quando achar necessário, quando não estiver feliz, quando não sentir prazer nas pequenas coisas e principalmente quando você acreditar que não está fazendo nada de especial, pois recomeços guardam surpresas, alegrias e novas experiências para nossa própria história.

Relacionamentos x Redes Sociais

                    Juro que tento compreender o sentido que algumas pessoas dão para os relacionamentos hoje em dia, mas não consigo, deve ser porque acredito que mesmo namorando cada um tem vida própria, tem redes sociais próprias e ainda assim o amor sobrevive.
                  Semana passada, em um bate papo no meu trabalho, fiquei perplexa ao descobrir que há um jeito de você invadir o whatsapp da pessoa e ter acesso a todas as conversas, porém o que me deixou assustada não foi a existência de algo tão absurdo, o que me deixou tão chocada foi o fato de que existem pessoas que utilizam isso. Não quero soar clichê, nem tampouco hipócrita, porém se for para estar um relacionamento em que o sentimento predominante é a desconfiança, prefiro não estar.
                   Acho que muitos já se esqueceram que a base de qualquer relacionamento é a confiança, e quando prego aos meus amigos que não sou de nóia, nem de ficar dando verificada em celular um ou outro sempre me indaga: "Mas, e se ele estiver aprontando? Como você vai ficar sabendo?". A minha resposta é sempre padrão: Ora, ninguém é obrigado a ficar com ninguém, quando não estiver mais satisfatorio para qualquer um dos dois o outro vai ser informado, e se ele estiver aprontando a principal pessoa que ele não pode enganar, de forma alguma, é ele mesmo.
                   Acredito que muitas pessoas valorizam a desconfiança porque tem medo de ser taxado como enganado ou como o pobrezinho e não querem sair por baixo da relação, isso deixa claro que houve uma inversão de valores na nossa sociedade, pois definitivamente, quem sai por baixo de uma relação é quem não soube conservá-la ou quem não agiu honestamente.
                  Por isso, como diria uma professora minha, aqui vai a dica do sucesso para os encrenqueiros de plantão: se a pessoa está com você é porque é o que ela deseja no momento e se ela for fazer algo de errado, acredite em mim, não vão ser duas verificadas semanais no celular que vão impedir, portanto curta seu relacionamento como se não houvessem redes sociais, preserve a boa e velha conversa, divida histórias, dia-a-dia, piadas, situações engraçadas e até mesmo chateações, mas não divida ciúmes sem fundamento.
                  Relacionamentos são muitos mais sobre liberdade do que sobre sentir-se preso, quem se sente preso a algo um dia vai querer se libertar.